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Aqui no sul é assim

dezembro 29, 2010

Fim de um dia de primavera no interior do Estado.

O cenário para a comunhão da arte está montado da forma mais ortodoxa: um palco, meia-dúzia de milhares de cadeiras de frente para ele e uma imensa lona de circo fazendo as vezes de firmamento, prevenindo alguma intempérie que venha a atrapalhar o espetáculo.

Com a noite já posta, apenas o palco segue vazio. As cadeiras estão, uma a uma, ocupadas. Todas elas recostam um alguém que as ocupa pelo mesmo motivo do que está sentado ao seu lado. Cada ocupante das milhares de cadeiras tolera pacientemente o vazio do palco, pois sabe que em instantes o vazio se encherá de inspiração, e é de lá que virá a novidade que todos aguardam.

Sob a lona estão, sentados, aqueles velhos, de ralas melenas e barbas tordilhas1, que há mais de 30 anos participam de eventos desta espécie. Estão também suas filhas, seus filhos – e até algum netinho correndo entre as cadeiras enquanto o espetáculo não começa.

E a espera não é tão grande. Basta o tempo de anunciar os futuros ocupantes do palco, e os instantes que eles levam para ajustar suas guitarras acústicas2 e seus acordeons. Aí sim, está tudo posto: acendem-se as luzes e aqueles predestinados seres tem pouco mais, pouco menos de cinco minutos para defenderem, perante o público, o trabalho criativo que – certamente – não brotou, de onde quer que tenha brotado, com facilidade.

Naquele instante, ninguém mais se ocupa de qualquer outra coisa a não ser mirar o tablado. Até mesmo o vendedor de creps dá uma desviada no seu trabalho para apreciar a obra que em instantes varrerá dos pensamentos de todos que estão sob a lona qualquer coisa que esteja fora dela, qualquer coisa que não seja música.

Enfim no palco, são três violonistas, um acordeonista e um cantor. Na contagem de “… três, quatro!”, o primeiro acorde da milonga3 marca o começo do derradeiro destino daquela composição.

E assim começa o negaceio4 entre músicos e plateia, entre músicos e jurados. Aqueles poucos instantes entre a primeira nota e o derradeiro arpejo5 da guitarra são o tempo limite para que os músicos convençam o público e os avaliadores de que sua música merece alguma congratulação.

Assim começaram inúmeras vezes, em tantos de festivais, nos mais singulares rincões do interior do Estado, um numero infindo de obras musicais, tão singulares quanto os lugares que as recebiam. Desde a primeira Califórnia da Canção Nativa, naquele dezembro de 70, os festivais de música regional do Rio Grande do Sul compreendem uma farta quantia da produção musical e cultural do Estado. Eles compõem um movimento cultural de características ímpares: ano a ano, centenas de músicas e poesias são compostas, apresentadas e registradas em discos; cada uma dessas canções retratando um fragmento da linguagem, dos costumes, da história e da têmpera de um povo, de um único povo. Um número expressivo de obras para exaltar “tão somente” a cultura de seu povo, de onde e para onde ela existe.

Ali, em cada uma daquelas canções que chegam aos ouvidos do público, se resume uma história que começou há muito tempo e que tem suas raízes já quase imemoriáveis.

Nas caixas de som empilhadas em frente ao palco, retumba o primeiro sol menor6 de mais uma daquelas canções, silenciando o mais cantante dos grilos que sob a lona incessantemente cantarolavam…

A herança de Jose Hernandes

Música de terra-a-dentro, fiel expressão de um povo. É para ela que se esticam lonas, se erguem palcos e se enfileiram cadeiras. Tudo para comungar entre gente da mesma estirpe aquilo que restou das origens da tal terra d’onde pisam: a dita terra gaúcha. Afora o chão que permanece o mesmo, inerente às transformações culturais do tempo, talvez apenas a música faça valer a alcunha gaúcha, na verdade de sua expressão.

O vocábulo gaucho surgiu de uma adaptação espanhola-jesuítica da expressão huachu, dos índios quechua, que remete a vagabundo. Aqueles habitantes da pampa, nos idos de mil oitocentos e tantos… Aqueles mesmos andarilhos, sem perspectiva, que viviam às custas de saques ou de uma ou outra changa7 semanal. Estes eram os que levavam a pejorativa alcunha que hoje ostentamos com tamanha solenidade: “Ah, eu sou gaúcho”.

Ainda assim, a maior obra literária sobre o termo gaucho (e o estereótipo que o termo remonta) traz o lado humano deste espécime que descendeu nossa ascendência. El Gaucho Martin Fierro, escrito por Jose Hernandes na década de setenta do século XIX, justifica as atitudes do gaucho: Saqueava por precisar sobreviver, bebia e matava para afogar as mágoas da exclusão social, herdada do instável período político na região do Rio da Prata. Por tanto, lhe sobravam motivos para encostar a guitarra ao peito e desmanchar a alma numa milonga – fosse para alentar os tempos de felicidade, anteriores à vida andarilha, fosse para chorar as penas da sina de andar desgarrado e desterrado.

“Aquí me pongo a cantar
al compás de la vigüela,
que el hombre que lo desvela
una pena estraordinaria,
como la ave solitaria
con el cantar se consuela.”8

Daqueles tempos idos de mil oitocentos e tantos, pouca coisa se manteve igual. Foi-se a colonização, veio a república, foram-se os imperialismos, vieram as ditaduras, voltaram as repúblicas; Salvo raras exceções, as pendengas não se resolvem mais no fio do facão; E para aqueles que ainda ‘insistem’ na vida andarilha, não resta muito campo e nenhum cavalo selvagem para jogar um pealo9 e domar a seu modo.

Resta sim a saudade; persiste a nostalgia; ainda se choram as tristezas, comemoram-se as alegrias. E no meio de tudo isso, da mesma forma se faz presente aquela madeira de pinho devidamente montada, com seis cordas esticadas em sua extensão, esperando que algum gaucho dos tempos modernos venha chorar suas penas ou suas alegrias agarrando seu braço moreno. Tudo cambia, a guitarra ali persiste, como que assistindo de camarote as transformações do homem.

A música persiste: é ela a manifestação ímpar do indivíduo que habitou este chão gaúcho, e é ela que ainda mantém seu motivo de existir intacto. Para acalentar os balanceios da vida, é pra isso que ela existe. E é exatamente para isso que lonas, cadeiras, o palco e a platéia estavam lá, naquela noite de primavera.

“Há três pinhos ressongando nesta milonga ponteada”

Logo depois da contagem de “três, quatro!”, o movimento é mecânico: três dedos polegares – de arredondadas e rígidas unhas compridas – escorregam no mesmo ritmo em três cordas de nylon encapado com aço. O som das cordas ressoa nas paredes internas de cada uma das três guitarras acústicas, vibra no rastilho que capta o som e joga para as caixas de som. De pronto, o bordoneio10 da milonga já invade cada um daqueles milhares de ouvidos com outro retumbante sol menor.

Instantaneamente, indicador, médio e anular fazem o devido contraponto a aquele gordo bordão encapado de aço, enroscando suas também compridas unhas nas finas primas11 de nylon da guitarra. Encaminhava-se ali a milonga: o ritmo marcado, embalado, cria o clima de seriedade, enfatizado nos bordões.

Eis que entra em cena o cantante. Até então recluso, agachado ao lado de algum dos guitarreiros, ele caminha firme os dois passos que o distanciam do microfone, o semblante tão sério quanto o sol menor da milonga que pulsava. Sua missão é até mais importante que a dos guitarreiros: levar em forma de payada12 o sentimento que há muito tempo nasceu na cabeça do compositor e foi parar ali, no palco de um festival. A derradeira noite, o auge daquela composição passa por aquela garganta.

Cenho franzido, queixo contra o peito, olhos fechados. As guitarras dão a deixa, o coração corcoveia. De um golpe a cabeça se ergue e o foco de luz esquenta a face até então protegida pelas largas abas do sombreiro. Toma o último fôlego e a voz de baritenor é quem ecoa e retumba por toda a lona de circo (deixando-se vazar em um ou outro ponto da lona, que virou alimento de rato).

Todos os olhos daquelas milhares de pessoas que ocupam as cadeiras, embaixo da lona e em frente ao palco, se voltam ao cantor. Cada uma daquelas miradas lhe transmite um misto de nervosismo e de orgulho. Mas são apenas quatro pares de vistaços que lhe preocupam de verdade. Quatro pares de olhos – e, principalmente, de ouvidos – muito atentos, que estão ali apenas e tão somente para avaliar cada fragmento de ação que aqueles músicos executem.

Ao lembrar disso, a voz falqueja e o dedo que martelava o bordão dá uma leve tremida.

O frio julgamento

São inúmeros os festivais musicais regionalistas no interior do Rio Grande do Sul. Cada um destes festivais recebe inscrições de, em média, 500 músicas candidatas a subirem ao palco. Dentre estas – em geral – pouco mais de duas dezenas tem a chance de irem ao tablado principal. Deste número, apenas as que melhor foram apresentadas ao vivo se credenciam para disputar a final e fazer parte do disco do festival. E entre todas elas, apenas uma sairá vencedora.

Cada um destes festivais passa pelo crivo de quatro, talvez cinco pessoas. É esse punhado de gente, com seus pares de ouvidos afiados, que tem a honrosa missão de tirar juízo de valor de cada uma daquelas idiossincráticas músicas.

Esse seleto grupo de pessoas, notórios experts da cultura musical gaúcha, minuciosamente convidado pela organização do evento para julgar as músicas é que decide quem é melhor. Evidentemente que o seleto grupo deve ser dotado de uma aura musical proporcional a uma dádiva divina, afinal, foram designados a por em júri centenas de composições inéditas, cada uma delas levando em suas notas uma carga imensurável de sentimento depositado pelo autor.

O processo de julgamento – ou análise, como queira – começa com a triagem das músicas que adentrarão ao festival. O seleto grupo se reúne durante dois dias para ouvir e apreciar detalhada e subjetivamente cada uma daquelas quinhentas composições. Três dias. Quinhentas composições. O cálculo que derruba por terra a seriedade do processo de triagem é um tanto simples: quinhentas músicas, com uma média de 4 minutos, totalizam 2000 minutos, ou 33,3 horas. Em dois dias, seria algo como 16 horas e meia de análise musical por dia, para os jurados.

Desta primeira e meticulosa peneira, sai a lista das vinte e poucas composições que serão apresentadas debaixo da lona, para os milhares nas cadeiras. O compositor de cada uma das merecedoras já recebe, pelo sucesso no processo de triagem, uma importância financeira – bem importante, por sinal – para ajudar nos custos da apresentação da música. E os jurados, estes já receberão dos compositores… o primeiro “muito obrigado”, é claro.

Os jurados, seguindo seu trabalho, opinam as 12 melhores músicas que passarão à final e serão gravadas no disco do festival. Para os compositores, mais ajuda de custo. Logo, seguem-se mais significativos agradecimentos ao estimado júri. Tudo dentro e apenas na cordialidade.

Dentre essas tantas músicas, lá estava aquela milonga, tocada em três guitarras e um acordeom, e que naquele dia subia ao palco. As guitarras marcando o compasso para o cantador não se perder no ritmo, que quase se esvaiu quando um dos jurados encontrou os olhos do canário. Por um nada que todo o trabalho não termina ali mesmo, naquela noite.

Ficam os questionamentos: quais os critérios utilizados para um julgamento artístico, algo intensamente particular e da mesma forma subjetivo? ‘Claro que pesam a qualidade poética da poesia, a estrutura da harmonia, a riquesa da melodia. Mas pesa também a simpatia daquele intérprete, que sempre me cumprimenta nos festivais; conta também a gentileza daquele guitarreiro que me emprestou a alça naquela feita que eu precise; pode também vir a pesar aquela rusga que tive com o outro guitarreiro, num festival há dez anos. Afinal, todo mundo é parceiro’.

Justificável. O mundo dos festivais não é o mais abrangente dos mundos: a população mais fixa (embora sempre flutuante) gira em torno de uns 300 artistas, entre poetas, compositores, arranjadores, melodistas, guitarreiros, canários (cantores), gaiteiros, bateristas, percussionistas, baixistas, tecladistas, flautistas, violinistas e um tocador de serrote. Considerando que acontecem em torno de quarenta festivais durante o ano todo, a rotatividade não é das mais altas. ‘Hoje eu estou aqui, sentado, olhando, ouvindo e dando nota pros caras ali no palco. Semana que vem, eu posso estar no palco e eles aqui, me julgando’.

E assim segue girando o mundo dos festivais, abastecido de ajudas de custo, agradecimentos, jurados e julgados. Mas o espetáculo, ora essa, não é prejudicado, afinal, todo mundo é parceiro.

Mesmo sabendo de tudo isso, o canário daquela noite de primavera no interior do estado não consegue evitar a falquejada da voz. E o seu parceiro do júri abaixa a cabeça e risca qualquer coisa na planilha.

“Chorona”

Por sorte do cantor – e para o alívio do compositor, que de longe acompanhava a apresentação pelo rádio –, se findava o primeiro verso. Um respiro para o que cantava, um intervalo para as guitarras, uma eternidade para aquele que ainda esperava sua vez: o gaiteiro.

Ninguém explica com precisão o porquê de o acordeom – para os íntimos, cordeona – causar tanto encantamento em quem o ouve. Para escutar o melodioso resmungo do velho órgão sagrado das missas gaúchas, dizem, até o silêncio se cala.

Agarrado no acordeom, aquele era o momento do gaiteiro reerguer a música. No choro, no resmungo, no feitiço do acordeom.

Ele não se recordava desde quando mantinha relação com a cordeona. ‘Desde que me conheço por gente ela tava ali, me mirando. Quando eu já tinha tamanho suficiente pra agarrar ela firme, no colo, dei um jeito de aprender, olhando os mais velhos tocarem’. Perfeitamente branca, fole vermelho recém trocado, botões e teclas em madre-pérola, um brasão de família e um letreiro: “STANELL”. ‘Tá faltando uma letra, mas é Stanelli, italiana, genuína; deve ter sido herança do vô’.

Na hora em que a dita cordeona é golpeada pelas calejadas mãos do gaiteiro, é como se outra música se iniciasse. O público se ajeita na cadeira e ovaciona, convencido; o jurado que há pouco fazia sua anotação, levanta uma das pestanas dos olhos e leva a caneta à boca; até mesmo o vendedor de crepe deixa respingar massa para fora da forma, tenteando mais uma rápida olhadela pro palco.

Ao fim do floreio, quaisquer percepções até ali feitas sobre a música já haviam sido, de uma forma ou de outra, alterada. Em algum rincão longe do festival, ouvido colado ao rádio de pilha, respirava aliviado e afundava tranquilo na poltrona o compositor da música.

“É a minha alma na mão dos outros”

Aquele senhor nunca tivera a melhor voz pra cantar. Até mesmo sua mãe deixava de lado a cegueira maternal e admitia o fato: o guri não servia pra cantor. Mas desde novo ouvia pelo rádio – doble chapa13 que era – as milongas uruguaias que cruzavam a fronteira. Delas veio o gosto pela guitarra, que não demorou a cruzar seu caminho. Fez-se guitarreiro ‘porque Deus lhe deu destreza’, mas garante que se fez poeta porque sabia falar de seu mundo. A ele parecia natural falar da lida que diariamente se ocupava com altivez; tinha facilidade para descrever as serestas dos fins de semana de folga; podia versejar amores e penas como quem conta um causo, relatava uma tropeada com a experiência de quem de fato cruzou o estado no rastro dos bois. Assim, se fez compositor.

‘Sempre que posso, mostro minha música para esses guris que tocam e cantam mais que eu. Eles levam minha música adiante, eles defendem ela no palco, como se fosse deles. Na verdade, eu estou junto com eles. É a minha alma tocando, é a minha alma na mão dos outros’

Apenas o grave ruído do rádio de pilha quebrava o silêncio da casa. Desde que a música começara, aquele senhor apenas respirava. A bomba do mate ainda tocava-lhe o lábio, mas há alguns minutos não era chupada. Lá longe, debaixo da lona, mais um verso é cantado, os últimos acordes são tocados, levanta a ovação do público, vem a consagração, o fim.

O rádio de pilha seguia recebendo ondas de amplitude modulada e empurrando som de seu auto-falante estourado, mas aquele senhor na poltrona já nem fazia conta. Olhos marejados, sorveu o fim do mate, recostou a cuia na cambona14 de ferro e foi pra cama tranquilo, com a sensação de que sua alma estava ali, de volta. E revigorada.

Quem ganha e quem perde

Todas as composições da noite já tiveram seu momento. Os jurados já se reuniram, já deram seu veredicto, sobra agora o momento derradeiro do anúncio do resultado. O silêncio, desta vez nervoso, novamente impera.

– E aí, será que hoje vai?

– Não sei, Che. O canário tremeu quando não podia.

– Que nada, pensamento positivo. Tamo junto.

A expectativa é justificável. Cada músico, cada ouvinte, cada um com seus argumentos tenta adivinhar a grande premiada da noite. Aquela que mais apeteceu aos jurados… A melhor, o que quer que o termo signifique.

E a grande vencedora da noite é…

– É a milonga!

– Tem que ser!

Não foi. Os três guitarreiros, o cantor e o acordeonista nem ao menos ouviram o nome da vencedora, apenas sabiam que não era “a milonga”. Um abre um sorriso amarelado, outros dois se abraçam. Justificativas e desculpas jorram de todos os lados.

– Desculpa, guris. Errei, errei. Dava pra ter ganhado.

– Que nada, Che. Semana que vem tem mais, te acalma.

Felicidade de quem ganha, lamento de quem fica pra trás. O sentimento de dever não cumprido certamente marca mais que o sentimento de êxito.

Talvez a música vencedora tenha sido melhor arranjada – ou talvez o cantor fosse muito amigo dos jurados; talvez a poesia fosse boa, talvez o poeta fosse hospitaleiro demais com os jurados.

– É, aqui no sul é assim.

Embora o mundo dos festivais seja o meio de sustento dessas poucas centenas de músicos do Rio Grande do Sul, o clima não é de competição. Se ganha, se perde, mas a vitória é sempre coletiva. Comungando o mesmo objetivo, são parceiros. E parceiros das mesmas ânsias repartem flores e espinhos.

Quem ganha, acima de tudo, é o folclore, a cultura, a música. O povo.

1 Tordilho: pelagem branca do cavalo.
2 Guitarra Acústica: violão; apenas o Brasil chama a guitarra acústica de violão.
3 Milonga: ritmo musical originário da Espanha, popularizado no Uruguai, na Argentina e no Rio Grande do Sul.
4 Negacear: atrair, provocar.
5 Arpejo: a execução sucessiva das notas de um acorde. Enquanto que num acorde as notas são tocadas simultaneamente, no arpejo essas mesmas notas são tocadas uma a uma.
6 Sol menor: acorde musical.
7 Changa: serviço, bico.
8 Versos inicias de “El Gaucho Martin Fierro” – Aqui me ponho a cantar/ ao compasso da viola,/ que o ser a quem desconsola/ uma dor extraordinária,/ como a ave solitária,/ cantando é que se consola.
9 Pealo: ato de laçar, a pé, um boi ou cavalo.
10 Bordoneio: técnica musical que marca o ritmo da música nas cordas graves – bordões – do violão.
11 Primas: definição latina para as cordas mais agudas do violão.
12 Payar: ato de cantar versos com o acompanhamento do violão
13 Doble Chapa: quem nasce na fronteira seca entre Uruguai e Brasil e, portanto, tem dupla-cidadania.
14 Cambona: chaleira.

One Comment leave one →
  1. dezembro 4, 2011 00:32

    Quando escrever-des teu livro, favor, avisar. Tu é muito bom piá.

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